sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Resenha - Bad Buddy

Atenção contém SPOILERS, prossiga por sua conta e risco!

Anunciada com muita euforia pela GMM TV essa foi com toda certeza a série mais aguardada do ano passado, marcando não só a estreia de Nanon Korapat, autor reconhecido como um dos melhores da geração, nos BLs como sua parceria com Ohm Pawat, velho conhecido do fandom em seu quinto trabalho do gênero.

Bad Buddy conta a história de dois meninos que desde pequenos foram ensinados a se odiarem, isso porque suas famílias se envolveram num confusão nos negócios anos atrás e por isso competem entre si e se odeiam até hoje. Acontece que os meninos acabaram fazendo uma amizade entre uma competição e outra e, agora na universidade, seus caminhos se cruzaram de novo e eles terão que decidir se serão inimigos, amigos ou algo mais...

Sem delongas a série foi sem sombra de dúvidas uma das melhores produções BL de todos os tempos (okay eu sou suspeito pra julgar porque sou fã dos dois atores). A forma como trataram a evolução do relacionamento dos meninos foi simplesmente sensacional, destaque aqui pra direção muito bem feita em todos os episódios. 

Pran (Nanon Korapat, de The Gifted e Blacklist) é o garoto certinho que implica com o jeito desleixado de Pat (Ohm Pawat, de He's Coming To Me e The Shipper), o atleta que não tá nem aí pra muita coisa. Além das disputas entre suas famílias eles também estão em cursos que têm um histórico de rivalidade na universidade e constantemente entram em conflito. Eles foram amigos na infância e depois se afastaram quando Pran mudou de escola e se reaproximam na tentativa de criar uma estratégia pra frear as brigas entre seus amigos, que vêm tomando grandes proporções. E aí então o que começa sendo uma amizade meio conflituosa acaba evoluindo conforme eles vão descobrindo novos sentimentos e reacendendo antigas questões. 

Nanon está simplesmente fantástico, e continua fazendo jus ao seu nome. O ator disse que aceitaria fazer um papel BL se sentisse que isso seria um desafio e um acréscimo a sua carreira, e parece que ele levou a sério porque em muitas cenas a entrega do ator é total. Ele consegue com um só olhar passar toda uma gama de sentimentos e dar bastante profundidade ao seu personagem, que é muito afetado com as disputas entre as famílias. As cenas mais impactantes foram realmente proezas dignas de prêmios. 

E Ohm não fica para trás, ele soube trazer ao seu personagem o equilíbrio perfeito entre o alívio cômico e o porto seguro que o outro precisava em alguns momentos. Esse é, aliás, uma parte muito bonita do relacionamento deles: ao contrários dos seus pais que só sabem discutir eles conversam e se entendem, mesmo quando estão competindo por alguma coisa boba. A maturidade de ambos é notável e o roteiro explora muito bem como um relacionamento que tinha tudo pra dar errado pode acabar funcionando se ambos estiverem dispostos a lutar juntos. 

A cumplicidade deles é sem dúvida o ponto alto da série que se diferenciou no momento em que, em todas as outras séries, os personagens se separam aqui eles ficaram juntos e enfrentaram a situação. 

Os personagens secundários também roubaram a cena aqui muitas vezes, sejam com os amigos dos protagonistas que vivem brigando também, Wai (Jimmy Jitaraphol, que foi basicamente a revelação do ano pro fandom e virou o queridinho de muitos, já com um outro BL anunciado pra esse ano) e Korn (Drake Laedeke, de My Tee e Blacklist) ou as fofíssimas Ink e Pa (Milk Pansa e Love Prattanite, respectivamente) que dão todo apoio pros meninos.

A trilha sonora também é excelente, com dois temas cantados pelo próprio Nanon, já que a música tem uma relação com os sentimentos de ambos. A fotografia é bem característica das séries da GMM TV, sem grandes inovações mas que funciona muito bem. 

Por fim, com uma história cativante, um elenco excelente e roteiro prodigioso Bad Buddy foi aguardada com ansiedade e entregou aquilo que todos esperavam. Temos muitas cenas fofas e momentos pra suspirar, momentos de tensão e emoção e não houve timidez na direção em entregar um relacionamento de verdade nas telas. Simplesmente sensacional!

Nota: 10/10



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