segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Névoa de Sangue - Pt. 2

ATENÇÃO: Contém cenas inadequadas para menores de 18 anos.

A viagem, que se iniciou as pressas no meio da noite, demorou ainda um dia inteiro para chegar ao seu destino. O sol forte aqueceu o metal da carroceria onde o pequeno assassino fora preso, deixando-o desconfortável e fraco.

Seus ferimentos não doíam mais. Algumas horas eram suficientes para que se fechassem completamente, deixando apenas as faixas sujas de um rubro que, em contato com sua pele clara e o quimono rosa, lhe davam um aspecto estranhamente feminino.

Teve sua cabeça coberta quando chegaram a mansão. Recobrou a visão apenas alguns minutos depois, quando fora lançado num chão frio e tosco de pedra úmida.

Depois que fecharam a porta grossa de metal, ele observou que a única entrada de luz era uma pequena abertura próxima ao teto, fechada com grossas grades. Certamente o local era muito utilizado, pois haviam marcas de sangue e rasgos na parede que indicavam que alguém ficara ali por muito tempo.




Os soldados estavam agitados, mas o chefe da guarda garantiu que ele seria torturado no momento apropriado, e que a prioridade era garantir a segurança da propriedade. O assassino notou uma variação na voz do chefe quando ele disse a palavra apropriado, e estremeceu.

A noite caiu mais uma vez, e ninguém veio para lhe dar comida ou água, mesmo depois da longa viagem. Certamente não pretendiam deixa-lo vivo por muito tempo, e logo o descartariam após contar o que sabia.

Não havia medo em seu corpo, e seu único incômodo eram as fibras secas da corda que lhe amarravam os pulsos e as pernas.

Lá pelas tantas da madrugada ele ouviu passos se aproximando lentamente. E uma voz jovem dispensou o guarda que estava em seu encalço. O ninja no chão sorriu maliciosamente, dentro da cela.

A porta se abriu de forma barulhenta, mas dadas as proporções da mansão é pouco provável que alguém tenha ouvido. O homem entrou, e agora sem armadura, o jovem pôde olhá-lo com atenção.

Era alto e forte. Usava uma longa camisa e calças pretas. Tinha o cabelo amarelo claro, e olhos azuis profundos, e um sorriso estranho no rosto. Fechou a porta pesada atrás de si e colocou o ninja sentado, encostado num pedaço de madeira colocado no centro da cela com essa finalidade.

- Ora ora, foi bem audacioso tentar assassinar nosso chefe num lugar com tantos guardas. Audacioso ou estúpido. - Completou.

Teve apenas silêncio como resposta e um olhar desconfiado.

- Não tem mais o olhar assassino e selvagem que tinha quando cortou a garganta de um dos meus homens, não é? - provocou, e o olhar do garoto mudou para um leve pressentimento ruim - Assassinos nunca são muito piedosos, e é claro que você sabe disso, mas pelo menos ele não sofreu. Ele não.

Ao dizer estas palavras o homem lhe tocou o ombro, puxando lentamente o quimono, e deixando nua a sua pele, na luz do luar que entrava pela pequena abertura, bruxuleando numa cor prateada, como os olhos frios daquele homem. O pequeno estremeceu e mexeu a mão para baixo, mas sabia que já não havia mais espada ali, era apenas um reflexo.

O homem cobriu seu ombro novamente, mas deslizou a mão pelas costas do ninja preso, sentindo-o estremecer de medo ao seu toque. Ele sorriu sadicamente.

- Você realmente se parece com uma garota sabia, e não disse uma palavra no caminho pra cá, estávamos ansiosos pra ouvir sua voz...

- Vai se foder! - disse com uma voz metálica e trêmula, mas não feminina.

- Oho! Então não tem voz de menina. Não tem problema, pra ser sincero eu não ia gostar se você se comportasse como uma garotinha. Não, prefiro que seja um assassino mesmo... - e disse isso deslizando ainda mais sua mão pelas costas do rapaz, até chegar em suas nádegas, apertando com força.

- Seu maldito, desgraçado! Eu vou matar você também... - disse, mas o ódio fora abafado pelo medo e pela constatação do que significava aquela situação.

- Imagino que gostaria, mas pode continuar destilando seu ódio, eu gosto... - sorrio.

Ele apertou ainda mais as nádegas, despertando no outro um gemido de desconforto. Uma das mãos continuou ali enquanto a outra novamente tocou o ombro do prisioneiro, afastando de novo o quimono para mostrar a pele nua na luz da lua. A mão desceu pela abertura do quimono, tocando um dos mamilos do rapaz que estremeceu de novo, dessa vez com mais força, e desceu de novo até tocar seu abdômen frio e duro. O rapaz cessou a respiração, enquanto o outro sorrio novamente.

- Não fique tenso, relaxe, até parece que prefere ser torturado.

O outro nada respondeu, apenas tornou a respirar, e a ofegar baixinho, quando o maldito colocou a mão dentro do quimono, por entre suas pernas, mexendo onde não devia e despertando uma reação involuntária.

- Você gosta, não é? Com essa aparência você deve gostar de um macho te tocando.

Ele colocou a boca no ombro do rapaz, que tremeu violentamente sob o toque. Mordeu lentamente e depois com bastante força, se divertindo do gemido de dor que o outro deu. Sua mão por entre as pernas de seu prisioneiro deixara o membro dele duro, e úmido, e isso o deixou ainda mais excitado.

Levantou o quimono do assassino e rasgou as vestes que ele tinha por baixo, e com a mão começou a explorar seu corpo. Mordia e lambia, explorando como uma besta o corpo imóvel de um jovem assustado. E puxando seu cabelo com força para trás, segurou em seu pescoço, sorrindo como um demônio.

Enquanto uma mão segurava seu pescoço, a outra tratou de abaixar as próprias calças e puxar o garoto para perto dele. O prisioneiro sentiu o membro do seu carcereiro, e protestou, mas teve sua boca tapada com violência.

A mesma violência com que foi violado ali, no chão frio, pelo membro duro daquele homem que se atreveu por entre suas pernas como um animal. A dor na região foi enorme, e ele gemia silenciosamente, enquanto tremia e tentava se soltar, fugir de alguma forma.

Seu corpo infelizmente não reagia com a mesma repulsa aquele momento, e isso não passou despercebido aquele monstro, que percebeu que o outro também estava excitado e com a mão começou a estimular seu membro também.

Ele tremeu mais, e dividido entre a dor atrás e os estímulos à frente. A mão grande e forte se fechava em seu membro e fazia movimentos frenéticos. A sua pele ardia, queimava entre a dor e o estímulo. Atrás tentava se acostumar com a brutalidade do tratamento que recebera.

Sacando uma faca, rapidamente o homem cortou as cordas que o prendiam, mas seu corpo não se mexeu como se fosse sair dali, pelo contrário, se manteve imóvel, tentando adaptar seu corpo ao corpo de seu captor que o possuía no chão frio. Ele falava eu seu ouvido e a medida que sua voz também começou a falhar entre os gemidos de prazer do homem ele percebeu que estava se aproximando de seu limite.

Levou uma mão as costas, e puxou o homem para mais perto de si, sentindo seu membro ir mais fundo dentro dele, e puxou também a mão do homem de volta para seu membro, pedindo por mais.

- Eu, sabia, que, você, queria, minha puta.

Ele foi mais rápido dentro do rapaz, que gemeu baixinho, exalando uma fumaça vermelha no ambiente. Aquilo o excitara e o enchera de desejo. Sua mão com violência mexia o membro do prisioneiro, que ficava mais e mais duro, até que chegou ao orgasmo, num gemido alto de dor, exalando mais fumaça.

Ele sentiu a mão molhada pelo líquido que saíra do rapaz que acabara de gozar, e sua mão estava um pouco dormente. Deveria ser o orgasmo que ele quase alcançara, pensou. Continuou se forçando para dentro do garoto, que já não mais resistia, e que rebolava em seu membro, pedindo por mais. Usou mais força e foi maus rápido, até que sentiu o líquido quente ser lançado para dentro do rapaz, que uma terceira vez exalou uma fumaça vermelha ao abrir a boca gemendo.

Não só sua mãe adormecera, mas todo seu corpo, e isso mão era efeito do orgasmo. Sua visão turvou e ele sentiu o ar entrar pelo seu nariz e sua boca de forma ardente, como se tudo dentro de si estivesse em chamas. Ele tentou gritar de dor, mas apenas conseguiu gemer, enquanto todo o ambiente era tomado pela névoa vermelha que lhe impedira de ver qualquer coisa antes de sua rápida morte chegar.

O prisioneiro, agora solto de suas cordas, gemeu ainda mais alto, e todo o ambiente se encheu de névoa vermelha.

Os soldados mais distantes já conseguiam ouvir o barulho dos gemidos que vinham da prisão, e um deles pensou em descer até lá para pedir que seu chefe diminuísse a empolgação em sua diversão. Ao avançar no corredor ele estranhou a visão turva e rubra, e sentiu suas mãos e pés adormecerem. Caiu de joelhos ao abrir a cela, já sem forças para gritar e morrera aos pés de seu chefe, que estava com as calças abaixadas e com uma expressão de terror no rosto.

O jovem sentado encostado na parede, de olhos fechados, e sorrio em direção ao seu captor morto no chão, envenenado pela névoa de seu próprio sangue.

Fazer evaporar seu sangue pelos poros era uma técnica letal, da qual era impossível fugir pois quando se notava os primeiros efeitos, já era tarde demais. A névoa se espalhou pelos corredores e subiu lentamente, aos poucos cobrindo todo o terreno da mansão. Toda e qualquer vida que entrasse em contato com a névoa de sangue era dissipada.

Todos os moradores da mansão morreram, desde os soldados até os animados, e claro, a família do governante. Na prisão, o rapaz com seu corpo mole trazia seu sangue de volta, recuperando lentamente as forças, pois era uma técnica cansativa e ele não podia se mexer enquanto a névoa continuava matando. Quando liberada por meio do orgasmo, seus efeitos eram ainda mais devastadores, pois geralmente não conseguia cobrir uma área tão grande.

Ele se deitou na pedra fria, olhando com satisfação o homem morto ao seu lado, e sabia que todos num raio de vários metros tiveram o mesmo destino. Dormiria um pouco, recuperaria suas forças antes de voltar para casa. De olhos fechados e sorrindo, disse:

- Sabe, até que conseguiu me divertir, pena que me fez gozar rápido, não teria me importado de ficar cativo mais um pouco.

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