sexta-feira, 17 de maio de 2019

Da visão de mundo

Será que sou tão errado assim? Por querer ver o mundo dessa maneira? Será que estou tão errado em querer um mundo de amor, de carinho, de atenção, em que as pessoas olhem umas para as outras com olhar terno, sem ódio, sem rancor, sem medo de serem apunhalados pelas costas? 

Eu vejo que ao meu redor estão todos ocupados com suas pirraças, com suas preocupações... O corre corre da cidade grande, tanta gente passa e todos estão sós! Todos fechados, estressados, todos prontos a atacarem, a lutarem, a menor possibilidade de pensamento diferente... Todos carregam um escudo e uma lança, todos afastam, atacam...

Me sinto como a criança de olhos cor de rosa que, ao crescer, se deparam com o sangue vermelho daqueles que morrem diante dela. Teme o mundo que se apresenta a sua frente e deseja, com violência, o cor de rosa... Aquele mundo pintado de rosa e branco, ainda calmo, claro, puro... 

Mas não, não é mais possível... O mundo é noir, é fechado, úmido e apertado, cheira a sangue, fede a medo e morte... O mundo é cada um por si, a frieza de alma e coração é a regra. O mundo é cruel a humanidade é inviável. 

Mas há ainda em mim esse ímpeto de um mundo diferente. Esse ímpeto de um mundo que seja de fato belo, que o amor esteja no coração de todos, que o carinho seja a regra e não a exceção, um mundo humano...!

Será que sou tão errado assim? Por querer ver o mundo dessa maneira? Será que estou tão errado em querer um mundo de amor, de carinho, de atenção, em que as pessoas olhem umas para as outras com olhar terno, sem ódio, sem rancor, sem medo de serem apunhalados pelas costas? 

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