quinta-feira, 2 de maio de 2019

Como anjo

Tarde chuvosa. Observo a água cair rápida e ininterruptamente da beirada das telhas do vizinho. Minha face queima, um resultado da minha rinite, que sempre se manifesta quando o clima muda abruptamente, como é bem comum onde moro. 

Gosto de olhar a chuva, assim como gosto do som do piano e do violino. São coisas incompreendidas. Acho que gosto deles porque, das muitas coisas incompreensíveis ao meu redor elas são as mais belas, e eu tenho um fraco para o belo, que sempre consegue me desarmar. 

As vezes algumas palavras tem esse efeito sobre mim. Me desarmam, me fazem imaginar coisas e mundos que não deveria. As vezes a chuva que vem do alto me faz imaginar como seria viver no alto. As vezes o anjo me faz pensar como seria voar ao seu lado, como anjo. 

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