quinta-feira, 11 de julho de 2024

Primeiras impressões: Century of Love

A ansiosa espera acabou, e o primeiro episódio de Century of Love já está entre nós. A segunda série que conta com Ou Pittaya e Offroad Kantapon de Love in Translation como protagonistas, numa pegada bem mais madura, no estilo dos tradicionais lakorns. 

Antes de falar do lakorn em si, é importante falar dessa diferença entre lakorn e as séries que estamos acostumados a ver. O lakorn tem uma forma narrativa um tanto quanto diferente: mesmo que as produções tailandesas sejam, em geral, mais leves e afetadas que as demais da ásia, os lakorns têm características próximas das novelas indianas e até mexicanas. Os ambientes variam dentre a pobreza das cidades até as suntuosas mansões das grandes famílias, as intrincadas intrigas familiares tornam a narrativa mais densa em comparação com os BLs onde a história gira em torno de um casal com evento que atingem a eles diretamente. Um lakorn apresente uma grande gama de personagens, todos contribuindo para uma crescente complexidade da história que comumente se entrelaçam de modo que a resolução vem apenas aos últimos minutos dos episódios. E tudo isso num episódio mais longo, com a composição geral, trilha sonora, jogos de câmeras, tudo construído para dar uma maior dramaticidade. O resultado é muito interessante.

Em Century of Love a história começa cem anos atrás e vemos San (Daou) se apaixonar por uma jovem que o salvou de uma perseguição. A gratidão dele pela moça se torna em veneração e, logo, uma paixão correspondida. Mas a jovem já fora prometida em casamento a outro rapaz (o belo Pond Ponlawit, de 180 Degrees Longitude Between Us). Os dois fogem, mas acabam sendo pegos e, num ato desesperado, ela se joga na frente do amado, levando um tiro em seu lugar e falecendo no local. O jovem desesperado San procura ajuda de um sábio do templo de uma famosa deusa que, não podendo ressuscitar a jovem, mostra ao rapaz um ritual onde ele pode permanecer vivo por mais cem anos, até que se encontre com a reencarnação de sua alma gêmea.

Cem anos se passam e ele já encontra impaciente, afinal se após esse período eles não se encontrarem, San morrerá. Com a ajuda do novo sábio do templo da deusa, o quarto após aquele que ajudou os jovens cem anos atrás, ele tem a chocante surpresa que a reencarnação da jovem é, na verdade, um garoto, Vee (Offroad) que acabara de se mudar. O choque é iminente. San recusa veementemente que aquela seja sua amada, mas não consegua negar a proximidade sobrenatural entre ambos. Ele salva o jovem de uma queda, depois o reencontra no templo e, numa confusão, acaba perdendo o anel que usara para pedir a sua amada em noivado, e que vai parar nas mãos de Vee, servindo perfeitamente. Nesses encontros os dois se tocam brevemente e, embora San não aceite, Vee está realmente ligado a ele. 

Vee tem a personalidade oposta a de San, enquanto este é um velho ranzinza no corpo de um jovem, está sempre sério e impaciente, ao passo que Vee é como um pequeno raio de sol, de sorriso doce e cativante, jeito meigo e alegre, enchendo o ambiente de calor onde quer que esteja. Essa afetação de Vee também contrasta com a imagem que ele tinha da amada Wat. 

Nos próximos capítulos devemos acompanhar a dicotomia de aproximação e negação de San em relação Vee. Na tentativa de descobrir que foi um engano, eles vão se aproximar cada vez mais e, com a abordagem mais íntima, podemos prever muitas lágrimas, pois as pessoas confusas de seus sentimentos tendem a machucar umas as outras. 

Algumas outras surpresas também se mostraram interessantes, como a presença do meu querido See Parattakorn de Laws of Attraction e mais da química e DaouOffroad que, já no primeiro episódio demonstraram aquela química única em tela. 

A primeira impressão não poderia ser melhor: a série parece que vai combinar o drama e o romance típico dos lakorns além, é claro, de doses de comédia e vão explorar ao máximo a inquestionável sensacional química entre os DaouOffroad. Ansioso pelos próximos capítulos.

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