quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Bem aqui

Me surpreendi ao levantar o olhar e ver um rosto que não esperava. Dei um passo atrás, assustado e subitamente corado. Meu coração bateu mais forte, e o sorriso que eu dei foi uma máscara retorcida de susto e medo. 

É estranho como uma pessoa pode despertar tantos sentimentos de uma única vez. Eu fiquei alegre, por ver aquela figura doce ali, mas também fiquei triste por saber que ele preferia não me ver. E então depois dos cumprimentos, uma convenção social que cumprimos apenas por educação, nos sentamos em extremidades distintas. Cada um fingindo que o outro não existia, ou melhor, cada um sem se preocupar com a presença do outro, pois de fato não somos nada, um do outro.

Bom, apesar do início meio dramático, a história de hoje não é bem uma história, mas quase. E é disso que ela fala, de algo que quase foi alguma coisa. Mas será? Acho que nem quase chegou a ser. Nunca foi nada senão que o foi na minha mente distorcida.

É irônico, na verdade, porque ele não fingiu que eu não existia, mas na verdade pra ele, eu não existo de verdade... Será que ele sabe que ainda há pouquinho dele dentro de mim, bem aqui no meu coração? 

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