sábado, 25 de junho de 2016

Algumas linhas de reflexão

Bem, depois do final um tanto quanto inesperado do último post, eu sinto que preciso acrescentar algumas considerações, pra não ficar ainda mais estranho do que tudo o que eu já posto aqui. 

Ratificando, eu realmente me empolguei em ouvir as duas sinfonias do Mahler ontem, mas acho que não estava em condições de fazer isso. Pra começar ainda penso que a interpretação que fiz delas foi extremamene forçada. Acho que não entendi verdadeiramente o que me dizia a Sinfonia N° 7 e ainda menos a N° 8. De qualquer forma, vou manter aquelas interpretações. 

Sobre a N° 8, o final pode ter ficado confuso, até mesmo pra mim, quando substituí o filho da lua pela alma do Fausto. Bem como eu disse lá, estava fazendo justamente o contrário, substituindo a alma do Fausto pela do Filho da Lua. Na verdade penso eu que em meio a euforia, eu mesmo me coloquei no seu lugar. Como era esperado.

Acordei no entanto, estranhamente contente, e cantarolando músicas de Santa Teresinha. Falando sobre o amor. Acho que ter acordado disposto seja uma possibilidade de recomeço que me é dada. Não sei, mas como a Sinfonia dos Mil fala de redenção, isso talvez tenha ficado impresso em mim e hoje acordei refletindo essa aura digamos, mais otimista da obra. Ou na verdade, os dias amanheçam pra que a gente realmente tente mais uma vez, e mais uma vez, até conseguir acertar. Talvez essa seja a redenção que eu seja capaz de alcançar sozinho, a minha própria redenção. 

Por falar em Santa Teresinha, a pequena florzinha do Carmelo sempre dizia que no seio da igreja, ela seria o amor, e que mesmo apesar de sua pequenez, através do amor ela podia aspirar a santidade. De qualquer forma, inspirado por essas palavras, eu me pergunto se também posso aspirar a vocação do amor, sendo tão incapaz como sou. 

"E, não sendo mais do que sou, sendo toda amor, viverei para sempre, ao seu lado Senhor."

Talvez o amor, dos homens para com os homens, não seja de fato pra todos. E apenas o amor de Deus seja gratuito, e consiga abarcar a totalidade da existência. Talvez eu não tenha sido feito pra ser amado, apenas para amar. Sem esperar nada em troca eu devo continuar amando apaixonadamente sem receio. 

Mas e quando o meu sentimento incomoda os demais? Se fosse algo que só trouxesse coisas boas para eles, poderia continuar, mas por vezes acho que sou mais um estorvo do que uma contribuição de fato. Talvez o meu amor não seja amor de verdade, seja admiração, afeto, atração, mas amor não. No entanto, como eu posso descobrir o que é ou não amor de verdade? Não acho que exista uma fórmula perfeita, um termômetro sentimental que meça o nível da efeição e possa afirmar se um sentimento é ou não amor de verdade. Bom, acho que minha resposta se encontra através da tentativa e erro, não acredito que eu vá conseguir achar assim tão facilmente, apenas com algumas linhas de reflexão. 

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