segunda-feira, 8 de maio de 2017

Faíscas

Se essas palavras pudessem refletir o meu olhar nesse momento, certamente estariam elas brilhando... Não como as estrelas lá do céu, que brilham mesmo estando todas mortas, mas como uma luz diferente, que não tem início em nenhum processo de combustão, mas que parte do meu próprio coração!

Me aventuro a arriscar o que possa ser essa luz, que ainda brilha fraca em meio a tanta escuridão: uma centelha de esperança.

Ironicamente as mesmas mãos que escreveram sobre morte alguns dias atrás agora vem falar sobre aquela que promete uma vitória sobre tão fria criatura. 

Quando meu pensamento flutua para o lado dele, ainda que por breves momentos, faíscas saem de minha cabeça, meu olhar se ilumina e minha face ganha a cor que perdera. Sei o quanto isso é arriscado, e sei também que não poderia me aventurar a algo assim tão cedo, mas tem sido mais forte do que eu... Seu olhar, seu sorriso, o simples fato de imaginá-lo do outro lado da criptografia do WhatsApp me faz ter delírios de júbilo em sonhar com aquela pequeníssima e remota possibilidade...

Essa centelha é ainda frágil, delicada, e teme ser destruída pelo vento frio que sopra das narinas da morte, mas ela está lá, brilhante, mostrando que mesmo na mais temível escuridão, a luz pode brilhar... 

Não sei quanto tempo resistirá, não sei se resistirá, mas ainda que se apague, ela ainda há de deixar nas brasas um rastro de sua existência e dirá eternamente: eu queimei por aqui! 

Assim poderá será o futuro dessa pequena centelha, que pode vir a ser uma grande fogueira, ou extinguir-se no carvão com o qual escreverei o resto de minha história nas paredes desse mundo...

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