domingo, 14 de maio de 2017

Pensamentos insistentes

Não somos importantes. 

Eles não são importantes.

Irônico como somos burros, e extremamente eficientes em nos matar da forma mais cruel possível: aos poucos e de dentro para fora!

Passo os dias com os mesmos pensamentos na cabeça. Centenas deles, e ao mesmo tempo são todos o mesmo pensamento, o mesmo átomo de uma existência idealizada na minha pequena mente distorcida. 

Fico imaginando cenas que não deveria, sonhando com momentos que nunca aconteceram e nem vão acontecer, só existem na minha idealização de mundo perfeito. 

E esses pensamentos me trazem tantas perguntas, tantas confusões... 

Uma hora encontramos uma luzinha no fundo do túnel, uma faisca, uma centelha que seja, e logo parece que um balde água gelada é jogado sobre ela... 

E fico me perguntando: qual o sentido de passar por tudo isso?

Mesmo com tanta dor ainda temos o sonho de que tudo dê certo, de que aquela cena bela do quadro dos sonhos se realize, mas isso seria mais do que um milagre. 

E quanto mais pensamos nas perguntas, mais nos fechamos em nós mesmos, com vontade de chorar, para assim externar a dor, mas logo percebemos que isso também não funciona. Chorar nos faz sentir uma melhora rápida, mas logo a aflição retorna... 

Não fazemos esforço, como se fosse automático nosso pensamento fluir para o lado da pessoa amada. Só conseguimos então desejar não ter esse desejo, mas quando tentamos não pensar já estamos pensando, e isso nos paralisa, nos consome de dentro pra fora.

Estamos acorrentados a essas pessoas, completamente presos. Dizem que somos os únicos que podem quebrar essas correntes, mas isso me parece impossível...

X

Não somos importantes. 

Somos descartáveis.

Substituíveis.

Dispensáveis. 

Inúteis.

Supérfluos.

Desnecessários

Não somos importantes.

Todas as pessoas são dispensáveis, o mundo pode e vai continuar existindo caso qualquer uma delas deixe de existir. 

Então por qual razão fazemos tanta questão de algumas pessoas em nossas vidas?

Não somos importantes. 

Qualquer um pode ser substituído, e todos podem fazer melhor o que fazemos, isso acontece no mundo o tempo todo... 

Ninguém é verdadeiramente essencial!

Não somos importantes. 

Mais ainda assim escolhemos tornar o outro importante em nossa vida e não viver sem ele. 

Mas vivemos acreditando que não podemos viver. 

Irônico como somos burros, e extremamente eficientes em nos matar da forma mais cruel possível: aos poucos e de dentro para fora!

Não somos importantes. 

Colocamos o outro num pedestal, enquanto somos pisoteados por seus pés sem sequer sermos notados... 

Irônico como somos burros, e extremamente eficientes em nos matar da forma mais cruel possível: aos poucos e de dentro para fora!

Não somos importantes. 

Eles não são importantes.

Então até quando insistiremos em viver como se fôssemos importantes?

Até quando insistiremos em viver como se eles fossem importantes?

Não somos importantes. 

Eles não são importantes.

X

Passo os dias com os mesmos pensamentos na cabeça. Centenas deles, e ao mesmo tempo são todos o mesmo pensamento, o mesmo átomo de uma existência idealizada na minha pequena mente distorcida. 

Eu me apaixonei de novo, pela milionésima vez, e pela milionésima vez com mais intensidade que todas as anteriores, e também pela milionésima vez eu agora sofro por não ser correspondido.

Me apaixonei pela pessoa errada? 

Não sei dizer, pois acho que na verdade eu sou a pessoa errada!

Tem algo de muito errado comigo, com essa minha veia masoquista latente que insiste em se apegar e em sofrer até me levar a fronteira da loucura.

Já não consigo viver normalmente, tem me atrapalhado em todos os aspectos da minha vida. Não fico dois dias sequer sem ser acometido por uma depressão profunda que me torna incapaz de levantar da cama, ou me concentrar na faculdade, ou na vida... 

Os pensamentos se tornaram todos pesados, confusos. Voam ao meu redor procurando me confundir me levar a loucura... Hoje até a mais simples das tarefas é um penar pro meu corpo que desviou todas as minhas energias para o meu coração continuar batendo por um alguém que sequer se importa se eu estou ou não respirando. 

Meu futuro? Não sei. 

Não sei se existe pois se revela como coberto pelo véu do desconhecido. Só posso dizer com certeza que temo pelo que o destino me reserva, visto que nos últimos anos ele se mostrou bem sarcástico em puxar os fios da minha vida rumo a um precipício sem fim...

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