sábado, 24 de junho de 2017

Nem eu sei o que quis dizer aqui

Não consegui escrever nada ontem, fruto de uma infeliz e curiosa série de acontecimentos que me deixaram o dia todo ocupado e ou entediado demais para isso, e quando enfim chegou a noite eu só queria saber de dormir, já que hoje tinha algumas provas na faculdade logo cedo. Sabe aqueles dias que quando anoitece você só quer tomar um Diazepam e dormir igual uma pedra? Pois bem...

Claro que, além de ter passado metade do dia no banco com meu pai, quase ter mudado todo o nome da minha família devido a uma confusão nesse mesmo banco e nos documentos do meu progenitor, de ter sido obrigado a fazer sala para um primo que nos visitava e ainda ouvir uma aula de quase duas horas sobre a filosofia de Kant e a de Hegel (muito embora eu não tenha entendido direito a segunda) eu ainda estava me sentindo deveras vazio demais para escrever sobre o que quer fosse. 

Afinal de contas o que Hegel fez de tão importante eu ainda não entendi, mas deve ter sido bem legal, já que eu passei a porcaria do semestre inteiro ouvido o nome dele sem encontra eco em absolutamente nada que eu já tivesse estudado, exceto por alguns artigos da Instrumentalidade Humana, que para variar eu também não consegui relacionar com nada me pudesse ser útil nas provas, mas apenas com minha vontade de explodir a cabeça de todas as pessoas do mundo para preencher o vazio da minha existência (me imagine dizendo isso com uma carinha fofinha aqui, grato!)

Obviamente o costume falou mais alto e eu fiquei com peso na consciência por isso, o que resultou numa reflexão sobre os motivos de eu não estar fazendo o que gostaria de estar fazendo, além de preguiça e desmotivação. Devo dizer que não cheguei a nenhuma conclusão pois o Diazepam bateu e eu dormi lindamente acordando super disposto para escrevr 7 folhas nas provas de Didática do Ensino Superior, Filosofia da Educação e Seminários Avançados de Filosofia I. 

Essa última era meu maior medo inclusive, revi boa parte da disciplina na última semana lendo novamente o Caderno de Referência de Conteúdo (Uma apostila mal escrita que traz referências da Wikipédia no próprio Glossário e nem sequer cobre todo o conteúdo da disciplina. Não que eu tenha algo contra a Wikipédia, mas se eu colocar algo dela no meu TCC certamente serei reprovado), alguns artigos e ouvi alguns do Olavo de Carvalho no Youtube, que pra ser sincero, foram muito mais uteis do que o semestre inteiro de estudo. 

Mas por quê estou dizendo tudo isso? Eu sei lá...!? Só sei que enquanto vinha para casa, ouvindo o terceiro álbum do Akeboshi "After The Rain Clouds Go", e lia "O Amor Divino Encarnado -  A Sagrada Eucaristia como Sacramento da Caridade" do Cardeal Raymund Burke a minha mente pululava de mil e uma ideias acerca da Liturgia e do seu papel na vida da Igreja, e me vi isolado nesse mundo, pois senti a falta de um grupo na igreja onde esses assuntos possam ser debatidos. 

Um sonho distante, claro, já que hoje o máximo que posso conseguir é uma pastoral da internet que muitas vezes pouco ou quase nada tem a contribuir com a vida da Igreja em si senão por excessivas reclamações não sem fundamento, mas que já estou farto de conhecer e de nada poder fazer a respeito. Vida que segue. Até o dia em que as comunidades brasileiras acordem para a necessidade de uma discussão acerca desse aspecto tão importante da Igreja eu continuarei em silêncio, a espera, ansioso pelo momento em que Jesus volte a ser devidamente reverenciado em nossos altares, sem ser relegado ao segundo plano de nossas celebrações, ofuscado por sacerdotes estrelas que nada dizem da doutrina ou por heresias e sacrilégios provenientes da criatividade maligna de nosso mal formados sacerdotes e de nossas más intencionadas pastorais.

Dito isto, que em nada se relaciona com o que disse no início dessa breve reflexão sobre sabe-se lá o quê, eu começo a me perguntar se estou em plenas posses de minhas faculdades mentais ou se estou apenas excessivamente agitado graças a quantidade absurda de açúcar que tenho ingerido desde cedo para não ficar com sono e nem irritado durante a prova. Mas admito que tenho pensado no almoço com a mesma preocupação. De qualquer forma, como nada mais tenho a dizer, e como não disse nada realmente, prefiro deitar um pouco, e comemorar de forma solitária o início das férias com uma boa seleção de musicas românticas tailandesas e um comprimido sublingual de Hemitartarato de Zolpidem, o mais novo membro de minha família hipocondríaca, enquanto tento (inutilmente) cultivar um desprezo pelo meu cavaveiro dourado que tanto me decepcionou no fim da semana passada. Vida que segue.

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