“No mundo tereis provações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33).
As provações não são opcionais, elas virão quer eu queira enfrentá-las ou não, então aceitar e enfrentar deve ser melhor do que correr e me esconder. Claro que nem sempre eu tenho a coragem e a disposição para lutar, e muitas vezes sou devastado pelas provações que se apresentam a mim.
Reconheço que sou fraco, e a covardia muitas vezes se sobressai a minha fé. Infelizmente sou um homem de belos discursos, de uma retórica razoavelmente boa, mas de uma vida cristã miserável, marcada por quedas sucessivas e um contra testemunho forte. Sou um péssimo católico, verdade seja dita.
Como se não bastasse ser praticamente impassível frente os desafios a minha fé, também fraquejo aos desafios que se colocam frente ao meu lado afetivo, e esses acredito eu são os grandes responsáveis pelo desastre que me tornei.
Começo a perceber que não tenho enfrentado minhas provações, e quando o faço, não uso das ferramentas certas. Não há como vencer uma guerra espiritual sem o uso das armas espirituais, e minha abordagem tem sido completamente errônea até aqui.
Devo portanto traçar uma nova estratégia quanto a isso. Meus combates espirituais devem ser tratados como tal e não apenas com discursos cheios de palavras vazias.
Sinto que devo abandonar o pessimismo que me domina, e que me impede de ver tantas coisas boas e tantas possibilidades que se abrem a minha frente. Mas isso é algo que está tão intimamente ligado a minha personalidade que exigirá um longo tratamento. Tem sido doloroso portanto ver o quanto eu tenho perdido por passar tanto tempo reclamando das coisas ruins que me acontecem. As coisas boas também estão presentes, basta que eu me atente a elas...
Preciso começar a parar de pensar demais em coisas que estão acima das minhas forças e capacidade, principalmente no tocante ao meu próximo. Nem tudo é culpa minha, nem sempre a razão para as coisas estarem dando errado é minha falta de tato com aqueles que despertam meu lado mais afetivo. Em outras palavras EU NÃO SOU RESPONSÁVEL PELAS AÇÕES E EMOÇÕES DO OUTRO, APENAS PELAS MINHA, o que significa que se o outro não me ama como gostaria que me amasse, não deveria me martirizar por isso.
Essa tem sido de longe a minha pior provação, mas preciso de coragem para lutar, para vencer!
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