quinta-feira, 29 de junho de 2017

Poema do Rei

Medo de falhar.
Vontade de gritar.
Tendência a desitir.
Começando a chorar.
Sem forças para levantar e andar.  

Incrivelmente perdido.
Soterrado em expectativas e obrigações. 
Elas se sobrepõe e muito a minha capacidade de realizá-las.
Com o mínimo de sanidade mental ao seu término. 
Muita coisa para realizar, pouca disposição, quase nenhuma animação. 

Medo de falhar.
Vontade de gritar.
Tendência a desitir.
Começando a chorar.
Sem forças para levantar e andar.  

Soterrado pelos milhares de pensamentos.
Soterrado pela expectativas dos outros.
Soterrado pelas expectativas que eu mesmo criei.
Soterrado pelo amor que eu mesmo inventei.
Soterrado pelos ciúmes que nasceu e eu nem mesmo notei.

Como um terremoto veio para abalar
Abalou as estruturas já enfraquecidas pelo passado
Só resta então ao Rei contemplar sua terra devastada pela dor
Seu povo chora de fome e seu exército é derrotado em todas as frentes
O Rei de joelhos implora ao céu clemência.

E eu pobre que farei? 
Que patrono invocarei?
Quem virá a mim em sua misericórdia
Em seu silêncio o céu pede ao Rei por paciência.
Mas o Rei ainda tem medo.

Medo de falhar.
Vontade de gritar.
Tendência a desitir.
Começando a chorar.
Sem forças para levantar e lutar.

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